Bom dia!!
Hoje o post não é programado. Na verdade ontem pensei em escrever outra coisa sobre beleza aqui hoje. Mas acordei com uma necessidade imensa de desabafar com vocês sobre um problema que muitas pessoas têm e poucas reconhecem.
A palavra
Obesidade soa forte, né?! Quando escutava, imaginava aqueles obesos mórbidos, deitados na cama.
Há uns 2 meses venho fazendo um acompanhamento com uma endocrinologista.
Resolvi procurá-la depois de cansar de inventar desculpas por estar acima do peso.
Primeiro foi a gravidez, depois coloquei a culpa por não estar trabalhando, e por aí foi. Sempre queria arrumar uma desculpa por estar engordando, e nunca queria colocar a culpa em mim.
Falar sobre isso aqui no blog é muito difícil para mim, mas acho muito importante para muitas meninas que estão acima do peso e não "caiu a ficha" ou que estão acima do peso e fazem mil dietas mirabolantes como a
Dieta da Sopa, Dieta da Carne, Dieta do Miojo...
Na minha primeira consulta médica, a Dra. Luciana foi muito dura comigo. Saí do consultório dela chorando e com vontade de me esconder de todos. Nunca ninguém tinha usado a palavra Obesidade para falar do meu excesso de peso. E nunca ninguém tinha dito que Obesidade, que agora era um problema meu, é uma doença que não tem cura, e sim controle. As palavras da médica foram como tapas na cara, que eu precisava tomar para acordar e perceber que o peso ideal não é aquele que as roupas que você tem no guarda-roupa,que você vai trocando conforme o peso aumenta, ainda cabem em você. O peso ideal não é aquele que você se sente bem. Temos um peso ideal de acordo com nossa altura, nossa idade.
No dia em que saí do consultório percebi o quão sério é o excesso de peso. Aprendi que obesos não são só aquelas pessoas que precisam fazer redução de estômago para emagrecer. São 3 graus de obesidade. Se você está uns quilos acima do peso, você já é um obeso de grau 1.
Eu, se esperasse mais um pouco, iria entrar no grau 2.
Chegou a um momento da minha vida, que só comprava vestido. Porque usava um número de manequim que para mim era inadimissível comprar. Não aceitava que estava usando aquele número, e ao invés de procurar ajuda médica, eu simplesmente ignorava a calça jeans, apenas para não usar um número que nunca imaginei que fosse ter que usar.
Sem contar que nas lojas convencionais você encontra números 38 e 40. Não sei se a falta dos números acima se deve ao fato de logo acabar por ser mais usado, ou se deve ao fato das lojas acharem que todas nós devemos ser magras e esbeltas como as modelos de passarela.
Isso tudo foi me incomodando, e quando saí do consultório senti uma coisa que estava precisando sentir. Senti
vergonha. Vergonha por ter deixado isso acontecer comigo. Vergonha por quando perceber que estava engordando, evitar a balança para não ficar triste, ao invés de me pesar com freqüencia, a fim de controlar o meu peso.
Hoje, deixei a vergonha de lado para alertar as minhas leitoras e até leitores(têm homens no consultório da endocrinologista), sobre esse problema. Pois muitas vezes ouvi falar de obesidade, e nunca me incluia nesse grupo. Engano meu.
Acho que não preciso ficar citando os vários problemas que a obesidade traz, além dos muitos riscos à saúde. O assunto é muito falado na tv, e até aqui na internet.
No meu primeiro mês com a endocrinologista perdi 2,5kg. Parece pouco, mas para quem tem seu peso estacionado por 1 ano, perder 2,5kg é uma vitória e tanto.
As minhas calças jeans, voltaram a caber. Os meus shorts jeans também.
Não sei se perceberam, mas comecei até a postar fotos do meu look aqui no blog.
Preciso perder muitos quilos ainda, e a caminhada é longa.
A médica me explicou que o ínicio do tratamento é super fácil de perder, mas quanto mais perdemos, mais difícil se torna, e vai chegar a um momento que 300g vai ser uma vitória.
Esses 2,5kg perdidos no primeiro mês me fizeram sentir gosto pela dieta e vontade de vencer a balança!
Então galera, fica a dica! Está um pouquinho acima do peso?
-Ah, Carol, é só um pouquinho!
Procure um especialista mesmo assim.
Como diz o ditado, "De grão em grão, a galinha enche o papo".